Almoçámos na Vila, o nosso já conhecido “Bacalhau à Bráz” muito louvado há 2 anos atrás, quando também por aqui estivémos.
Depois de uma breve caminhada pela Vila, decidimos ir a S. Bento da Porta Aberta, santuário e lugar de peregrinação aqui pelas Terras do Bouro. Como há festa, não consegui estacionar e seguimos serra acima. Como a porta de trás do jipe ía a vibrar, o meu filho disse-me para parar, para verificar o que se passava. Ao dar a volta por trás do jipe para o meu lado, verificou que o pneu de trás (o que tinha tido o furo) estava molhado.
Fui ver o que era e verificámos que pingava do lado de dentro (do lado do tambor) e também da parte de fora da roda. Ocorreu-nos que pudesse ser óleo de travões e decidimos vir para baixo, visto que ali nem havia rede no telemóvel. Desci a serra a segurar o jipe com o motor, para usar o menos possível os travões, visto que em S. Bento o movimento era tanto que de certeza que iria necessitar deles.
Já em S. Bento, finalmente consegui estacionamento, telefonámos ao pai, que nos aconselhou a comprar rapidamente óleo de travões para o circuito não ganhar ar e a irmos a uma oficina.
Percorremos uma das estradas sem sucesso e então decidimos voltar a Vilar da Veiga. Ao passar numa bomba de gasolina, vi um Series estacionado e pensei que seria uma boa ideia parar, até porque tínhamos que comprar o óleo dos travões. De facto, o Series é dos donos da bomba de gasolina, que nos indicaram o Sr. Mota, um mecânico de máquinas, mas que trabalhou durante muitos anos em Angola, como mecânico de Series.
Afinal, o problema não era dos travões, mas sim valvulina do diferencial de trás, que passou pelos freios, quando supostamente aqueceu durante a viagem, chegando assim à ponta do eixo. Tirou então a protecção do eixo, idêntica a um copo, limpou com diluento, pôs massa consistente na porca e voltou a colocar a protecção, desta vez com silicone para ficar bem vedado.
Mas o jipe estava estranho, ouvia-se um ligeiro barulho atrás. Mais tarde o meu filho lembrou-se que, se o diferencial tinha perdido valvulina, logicamente esta teria que ser reposta.
Voltámos à bomba de gasolina, para ver se conseguíamos comprar valvulina. Não foi possível, mas o dono da bomba disse-nos para estarmos lá na 2ª feira seguinte, que nos indicava um sítio onde já tinham metido valvulina no Series dele.
À vinda para o parque de campismo, e visto que a estrada é sempre a subir e com curvas apertadas, tivémos que vir com cuidado, inclusivé parar na Vila do Gerês para o diferencial arrefecer e só depois continuar viagem. Perto do parque existem 2 curvas em ferradura, que foram feitas com 4x4, para que o esforço fosse dividido pelos dois diferenciais.
Hora de descanso. Amanhã só se anda a pé!
Depois de almoço, enchi-me de coragem e fomos os dois a pé desde o parque de campismo do Vidoeiro até à oficina do Sr. Mota, em Vilar da Veiga (aproximadamente 10 kms). Ai!!!! Estou que nem posso!!!!
Não conseguimos falar com o Sr. Mota. Então, depois de bebermos alguma coisa no café, resolvemos esperar pela camioneta para a Vila do Gerês. Esperámos ¾ de hora e, quando já desesperávamos, ei-la na curva da estrada.
Na Vila impunha-se o gelado da ordem, para dar força para o resto do caminho até ao Vidoeiro.
Agora, jantar e descansar, que amanhã há muito que fazer.
Almoçámos na Vila e fomos directos à bomba de gasolina de Vilar da Veiga (com o jipe), para sabermos onde é a oficina para meter valvulina no diferencial. Indicaram-nos que é a caminho de Vieira do Minho.
A serra, desde Vilar da Veiga até ao cruzamento para Chaves/Braga (7 kms) foi feita com “o coração nas mãos”, tal era o medo de que acontecesse algo ao diferencial de trás.
Finalmente chegámos à Estação de Serviço Ribeiro. Resolvemos meter valvulina em tudo o que necessitasse. Só o diferencial de trás levou 1 litro de valvulina (afinal, havia razões para estarmos preocupados), a caixa de direcção estava praticamente seca (notei bem a diferença na direcção quando peguei novamente no jipe. Muito mais leve, a direcção). O resto praticamente não necessitava de valvulina.
Voltámos e fomos a S. Bento da Porta Aberta, visto que no sábado nem tinha dado para vermos nada.
Depois da visita ao santuário e de um bom lanche, passámos na bomba de gasolina para agradecer a ajuda e de volta ao parque de campismo.
Quando acordámos estávamos convictos de que nesse dia iríamos à Pedra Bela (miradouro), mas eis que uma colega a quem eu tinha mandado uma mensagem no dia anterior e que tem casa de férias em Rio Caldo, me liga a combinar para nos encontrarmos.
Lá fomos então novamente a S. Bento da Porta Aberta (isto mais parece uma promessa!) onde estivémos com ela e com o marido toda a tarde.
Quando regressávamos à Vila do Gerês, pensámos que ainda dava para irmos à Pedra Bela, mas nem sequer nos lembrámos antes de meter gasóleo. Fomos subindo, mas às tantas decidimos voltar para trás, porque era arriscado se ficássemos sem gasóleo no meio da serra.
Novamente a caminho de Vilar da Veiga para meter gasóleo (pouco, pois estamos a pensar ir a Espanha por estes dias).
De volta ao parque de campismo para mais um merecido descanso depois de tanta andança.”
Joana
. Mal Entendidos, Kem Os Nã...